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\u201cQuem tem fome tem pressa\u201d.<\/p>
Esta frase do soci\u00f3logo Herbert de Souza, o Betinho, sintetiza completamente n\u00e3o apenas a quest\u00e3o fisiol\u00f3gica, mas podemos inclu\u00ed-la o sentido conotativo, pois tudo que se torna de extrema import\u00e2ncia e tem sua aten\u00e7\u00e3o protelada, pode-se incluir nessa \u201cpressa\u201d.<\/p>
Ao longo da hist\u00f3ria sabemos que algumas pr\u00e1ticas na pol\u00edtica s\u00e3o rotineiras: primeiro se prometem aquilo que a popula\u00e7\u00e3o almeja intensamente, protelado por d\u00e9cadas em v\u00e1rios governos - sendo responsabilidade do poder executivo, tornou-se a solu\u00e7\u00e3o uma \u201clenda\u201d. Depois empurram o cumprimento da promessa at\u00e9 ao semestre que antecede uma elei\u00e7\u00e3o para que a conclus\u00e3o esteja fresca na mente do eleitor, e, por \u00faltimo, se n\u00e3o for nem iniciado ou estando pr\u00f3ximo de concluir, contam uma hist\u00f3ria triste e transferem a culpa para a quest\u00e3o or\u00e7ament\u00e1ria. Entra elei\u00e7\u00e3o, sai elei\u00e7\u00e3o e sempre vemos os mesmos m\u00e9todos.<\/p>
Na contram\u00e3o dessa pr\u00e1tica temos visto o atual governo federal suprir \u201cfomes\u201d hist\u00f3ricas desde o primeiro m\u00eas de sua gest\u00e3o: conclus\u00e3o de diversas obras inacabadas herdadas de governos anteriores e a realiza\u00e7\u00e3o de in\u00fameras iniciadas dentro de sua gest\u00e3o em um tempo recorde, como a pavimenta\u00e7\u00e3o de estradas consideradas imposs\u00edveis de serem feitas, transposi\u00e7\u00e3o do Rio S\u00e3o Francisco com a cria\u00e7\u00e3o de diversas barragens, expans\u00e3o de programas de infraestrutura ferrovi\u00e1ria, al\u00e9m de muitas outras a\u00e7\u00f5es.<\/p>
Imagina a gratid\u00e3o daquele que morava num local de terra rachada, onde nem uma horta caseira se mant\u00e9m e perdeu suas cabras, mortas de sede, mas agora na frente do seu casebre de pau a pique passa um rio; quem esperava uma noite inteira o servi\u00e7o de balsa iniciar-se \u00e0s seis da manh\u00e3 por ter chegado ao local de travessia por cinco minutos de atraso; o caminhoneiro que perdia dias em atoleiros intermin\u00e1veis, onde seu equipamento de trabalho tinha sua vida \u00fatil diminu\u00edda e sua manuten\u00e7\u00e3o constante; o produtor que n\u00e3o conseguia escoar a produ\u00e7\u00e3o, pois sua regi\u00e3o n\u00e3o possu\u00eda infraestrutura apropriada. Todas estas situa\u00e7\u00f5es citadas t\u00eam um sem n\u00famero de desdobramentos e consequ\u00eancias: o caminhoneiro volta para um novo frete em um tempo menor e com menos desgaste no seu ve\u00edculo, com um lucro maior, j\u00e1 pensa em trocar por outro maior; a concession\u00e1ria vende novos caminh\u00f5es e tem que contratar um novo funcion\u00e1rio; o morador do casebre come\u00e7a a produzir queijo coalho (\u00e0 base de leite de cabra) e j\u00e1 vende uma modesta primeira safra de macaxeira; o munic\u00edpio onde usavam a balsa torna-se mais frequentado, tendo o seu com\u00e9rcio local fortalecido. E por a\u00ed vai...<\/p>
Bobagem crer que os eleitores n\u00e3o levar\u00e3o em conta na hora de votar no pr\u00f3ximo ano, pois quem d\u00e1 nem sempre lembra(r\u00e1) a quem concedeu, mas quem teve sua \u201cfome\u201d sanada, n\u00e3o esquecer\u00e1.<\/p>","indexed":"1","path":[1554,2024,2205],"photo-thumb":null,"sdescr":null,"tags":[],"extracats":[],"request":"public","redir":null,"type":"showroom"},w.pageload_additional=[],w.cg_webpartners_dl=!0,w.cg_holiday=0;})(window,top)
Imagem: Takao Onozato
“Quem tem fome tem pressa”.
Esta frase do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, sintetiza completamente não apenas a questão fisiológica, mas podemos incluí-la o sentido conotativo, pois tudo que se torna de extrema importância e tem sua atenção protelada, pode-se incluir nessa “pressa”.
Ao longo da história sabemos que algumas práticas na política são rotineiras: primeiro se prometem aquilo que a população almeja intensamente, protelado por décadas em vários governos - sendo responsabilidade do poder executivo, tornou-se a solução uma “lenda”. Depois empurram o cumprimento da promessa até ao semestre que antecede uma eleição para que a conclusão esteja fresca na mente do eleitor, e, por último, se não for nem iniciado ou estando próximo de concluir, contam uma história triste e transferem a culpa para a questão orçamentária. Entra eleição, sai eleição e sempre vemos os mesmos métodos.
Na contramão dessa prática temos visto o atual governo federal suprir “fomes” históricas desde o primeiro mês de sua gestão: conclusão de diversas obras inacabadas herdadas de governos anteriores e a realização de inúmeras iniciadas dentro de sua gestão em um tempo recorde, como a pavimentação de estradas consideradas impossíveis de serem feitas, transposição do Rio São Francisco com a criação de diversas barragens, expansão de programas de infraestrutura ferroviária, além de muitas outras ações.
Imagina a gratidão daquele que morava num local de terra rachada, onde nem uma horta caseira se mantém e perdeu suas cabras, mortas de sede, mas agora na frente do seu casebre de pau a pique passa um rio; quem esperava uma noite inteira o serviço de balsa iniciar-se às seis da manhã por ter chegado ao local de travessia por cinco minutos de atraso; o caminhoneiro que perdia dias em atoleiros intermináveis, onde seu equipamento de trabalho tinha sua vida útil diminuída e sua manutenção constante; o produtor que não conseguia escoar a produção, pois sua região não possuía infraestrutura apropriada. Todas estas situações citadas têm um sem número de desdobramentos e consequências: o caminhoneiro volta para um novo frete em um tempo menor e com menos desgaste no seu veículo, com um lucro maior, já pensa em trocar por outro maior; a concessionária vende novos caminhões e tem que contratar um novo funcionário; o morador do casebre começa a produzir queijo coalho (à base de leite de cabra) e já vende uma modesta primeira safra de macaxeira; o município onde usavam a balsa torna-se mais frequentado, tendo o seu comércio local fortalecido. E por aí vai...
Bobagem crer que os eleitores não levarão em conta na hora de votar no próximo ano, pois quem dá nem sempre lembra(rá) a quem concedeu, mas quem teve sua “fome” sanada, não esquecerá.
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Publicado por
Nelio Ribeiro
Consultor de Marketing Politico
em 28/05/2021 às 18:11